A ausência da vida faz com que a alma se sinta na solidão no meio desta imensidão, ela carrega dentro de si mesma angústias, tristezas, por ela mesmo ter se permitido estar desta maneira, é como se ela estivesse criado um mundo particular para ela, que ela se tranca e não se abre para mais ninguém. É triste quando uma consciência está neste estado, pois a tendência é somente piorar, pois ela não consegue ter um diálogo com ninguém, e pensa que ninguém pode lhe ajudar, daí vira um amontoado de sentimentos que somente fazem mal para a alma, e eles se profiliferam de uma forma tão grande que a mesma não tem como mais segurar, pois é isto que ela está alimentando dentro do próprio coração. Por outro lado a solitude é uma autorreflexão de nós mesmos, que estamos nos enxergando por dentro, e silenciando tudo que vem do lado de fora, e passando a ouvir a voz da razão ao invés de seguir a da emoção.
É importante estarmos juntos a solitude e aprendermos a ouvir o silêncio falar aos nossos ouvidos, concentrarmos de fato no que realmente importa para realmente podermos sair deste chão, nos desprendermos de tudo desse mundo. Quando estamos concentrados numa autorreflexão podemos nos sentir mais leves por estarmos percebendo as coisas dentro de nós, pois estamos assimilando as coisas para progredirmos dentro do caminho da vida. Nada pode interromper o que a solitude tem a nos proporcionar, por isso é necessário nos confinarmos para poder nos espelharmos, e corrigirmos o que ainda está fora do lugar, e isto é um processo que vai acontecendo conforme vamos caminhando nesta trajetória, por isso que se deve abrir as portas, e jamais fecha-la para a vida, pois é nela que está a nossa saída.
Por Ítalo Reis
Tema sugerido por Kátia