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Tão, tão

O meu coração está tão, tão, que a minha boca não sabe nem o que dizer diante de tantas aberrações contra o entendimento, definitivamente as consciências não conseguem raciocinar sobre a razão da vida, não conseguem seguir o passo a passo da linha do entendimento, uma sequência tão lógica, tão óbvia, tão clara, tão, tão, que não dá para entender o porquê as consciências se perdem no raciocínio. O quadro do entendimento é este, nós temos um Criador, uma criação e o produto desta criação, e o que o raciocínio lógico nos diz a este respeito? Nos diz que o que uma criação produz deve servir quem a criou, por exemplo, a caneta foi criada para escrever, e a escrita deve servir quem criou a caneta, a lâmpada foi criada para produzir a luz, e a luz que a lâmpada produz deve servir quem criou a lâmpada e assim por diante. Esta é uma regra geral, e se nós temos um Criador e somos criações, o que produzimos como criação deve servir quem nos criou e não a nós mesmos. E o que os seres humanos produzem em comum como criação e para que serve? Foi nesse ponto e por reflexões profundas que eu descobri que todo ser humano em comum produz a consciência das coisas, vi também que sem consciência nada é ou não tem importância de ser, e mais, é a consciência que dá valor e sentido a todas as coisas, e nem o Criador Deus é nada sem a consciência de si mesmo e é pela consciência que todas as coisas se manifestam e são.

A consciência é a simetria da existência, isto é, a consciência está para a existência assim como a existência está para a consciência, ou ainda, um sem o outro não é nada, pois de que vale ter uma tonelada de ouro sem a consciência dele? Por outro lado, de que vale ter a consciência de uma tonelada de ouro e não ter o ouro? Nota que para se ter um tem que ter o outro, pois um sem o outro não é nada, ou não tem valor de nada ou não temos nada. A existência de Deus sem a consciência não é nada e a consciência de Deus sem o espírito também não é nada e foi pela falta da consciência que Deus criou o ser humano para produzir a consciência de que Ele precisa para se manifestar, pois sem consciência não há manifestação de nada. Deus vivia num estado mórbido, sem manifestação, sem presunção de nada e foi dessa grande vontade de se manifestar que trovejou raios de luz, como relâmpagos, que foram firmados os fundamentos do universo, e que surgiu a primeira consciência como uma ameba da vontade de Deus e dali em diante Deus se tornou uma constante no infinito, e como Paulo disse: e vós também, juntamente, sois edificados para a morada de Deus no espírito, isto é, cada consciência no espírito se faz uma célula viva do corpo de Deus, e todas as consciências que gerarem o espírito de Deus nelas farão parte do corpo de Deus, isto é, Deus é a soma de todas as consciências no espírito, e a consciência que não gerar o espírito de Deus nela vai se fazer uma com o nada e se diz que nada é maior que Deus. O universo dentro do infinito é apenas uma fagulha, depois vem o reino de Deus e maior que os dois juntos é a consciência, como Jesus disse: o reino de Deus está dentro de vós, consciência. A minha consciência, assim como todas as consciências, pode abrigar dentro delas todas as consciências no espírito se fazendo um só corpo, que chamamos de Deus.

Por Zeca