Calmaria em sua pequenez, grandeza em seu destino, sóbrio em suas partículas, paz na sua solitude, assim foi seu início, e a cada dia que se foi, sua função era permanecer pura, mas sua vivência sempre foi na libertinagem, e assim sua pureza foi sendo manchada pela poeira do mundo, sua transparência se ofuscou, sua grandeza se despencou e assim um simples copo que continha água pura em seu interior se fez inutilizável, manchou sua pureza e se afastou do seu Criador, mudança depende somente de ti, salvação gritará, mas quem a buscará é somente você mesma e seu caminhar em prol de sua pureza e sua santificação trará a clareza de seu íntimo, este copo é frágil, mas sua função é de muita importância, carregar o básico e o essencial é o que trará a alegria e a satisfação de seu Senhor, simples e fácil de entender que este copo sou eu, é você, é a consciência que ninguém vê, o copo seu corpo, a água o espírito que te mantém vivo, ninguém enxerga esse espírito, pois o que era para ser transparente hoje não é visto através de ninguém a verdade de cada ser, uma pureza que só fica na lembrança e assim dizem: “como foi bom ser criança”, deixou a pureza e se tornou do mundo, se perdeu em tanta desordem e o que um dia foi puro hoje se encontra manchado, com suas águas sujas, escuras e sombrias, na consciência ocorre uma tempestade onde muda seus sentidos, perde sua direção e o que é de tamanha importância é deixado e o que não vale nada é glorificado, sua água deixa ser manchada, já seu copo é cuidado de uma forma desnecessária, um corpo deve ser puro, limpo, e transparente, mas é manchado pelas marcas do mundo, pela cicatriz da carne, e pela irracionalidade da consciência, o que dizer as consciências que só viveram em função de sua carne?
Seu copo? Algo que foi construído desde a sua formação, ninguém quer abandonar sua trajetória mesmo sabendo que viveu pelo engano, em sua cabeça a perca é grande e o ganho é pouco, assim são as consciências que restaram no mundo, todas de cabeça para baixo, deixando escapar a vida entre seus dedos e perdendo toda a riqueza que já esteve em sua mãos.
Por Luiz Gustavo
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