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Tudo está em minhas mãos

Quando dei por mim estava segurando minha dor e não conseguia controlar o meu mar nem segurar suas águas, parecia irreversível, às vezes ainda acho que é, mas a esperança é como o Sol que amanhece todos os dias clareando os meus pensamentos fazendo com que eu enxergue um novo caminho, uma saída. Eu não estava à meu favor, minhas próprias mãos tiravam a minha paz, e eu nem desconfiava que podia ser feliz. A cada passo era um castigo que eu mesma me proporcionava, e as minhas mãos só apalpavam miragens como se eu estivesse num sonho triste na curva de um rio abraçando infinitos desasseios. Minhas próprias mãos seguravam meu emperro, e as algemas que as prendiam para trás não havia chave que as abrissem, enquanto isso eu me conformava com aquela situação como se fosse natural, também pudera fui eu quem escolhi os meus caminhos tortuosos não tinha nem como culpar ninguém, eu era a ré de mim mesma, em todos os sentidos andava em ré, só regredia.

Não que tenha mudado muita coisa, mas hoje encontrei a chave que abriu minhas algemas deixei minhas mãos livres, e agora sei que tenho o poder de libertar minha alma, deixar meu coração voar com vida, está tudo em minhas mãos novamente, a escolha, a determinação, o poder, e a coragem para que eu possa me enfrentar e derrubar os meus gigantes os quais eu mesma os criei e os alimentei. Não tenho fiador para pagar por meus erros e estou consciente disso, olho para as minhas mãos e vejo o poder da justiça, do zelo e do respeito que elas carregam e sei o quanto tudo isto pesa na minha alma. Não quero ficar num estado mórbido, nem perder o brilho do meu olhar, porque hoje meus olhos não são mais estes que um dia se fechará para sempre e se transformará assim como todo o pó, mas meu olhar agora é outro, é interno e tem luz porque sou candeia e a Luz da vida está sendo meu azeite por este caminho, vou cuidar para manter-me acesa, e isto só depende de mim.

Por Patrícia Campos

Tema sugerido por Lauro