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Zona de conforto

Acomodado nos próprios erros
Assentado sobre a base efêmera
Não move sequer um só dedo
Para mudar e obter a vida eterna e plena

Costumes e comportamentos
Advindos do velho ser
Cauterizam trazendo tormentos
Não deixando o novo florescer

Para quê transformar, se assim está bom?
Pensamento este de uma alma fechada
Difícil curar a visão tornando-se são
Afim de ampliar-se para fazer-se morada

Zona de conforto
Casa alma no comodismo
Apoiada num sujeito morto
Não crê no braço do Altíssimo

Achismo de estar bem
Porto seguro em mísero pó
Cifrão faz da alma refém
Empobrece o coração e laça um nó

Ancorar-se na base da vida
Libertaria a consciência de todos os medos
Edificando-a com sabedoria
Escrevendo no âmago novo enredo

Lume perene permearia
Pelas frestas de cada janela
Unificando-se em simetria
Dando vida às cores da aquarela

Zona de conforto
Casa alma no comodismo
Apoiada num sujeito morto
Não crê no braço do Altíssimo

Por Michele Mi❤️
Tema sugerido por Ítalo Reis