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A insignificância de sua história

Quem poderia ser na imensidão? Enquanto a miudez reflete em seu mar nada pode ser. Mentes pequenas se encontram tamanhas, se veem assim pelo vazio de seus olhos, problemas ocos, dando muita importância para o que no fim era apenas uma caixa sem conteúdo. Cada um conta sua história, cada qual com sua interpretação, protagonistas e mais protagonistas, mas nenhum entende a vida. Um reinado sem súditos vira apenas um rei sobrevivente, tornando-se um qualquer, na verdade não há ninguém no trono, apenas muitos escravizados sonhando com a liberdade. Rastros ingratos esboçam sua insignificância, eles contam suas escolhas e sua falta de esperança, nem mesmo a poesia com todo seu encanto cura a realidade. Não posso negar que há beleza escondida em cada canto, mas nenhuma protagonizada por um coração infame, todas estão frente a vida, enquanto ela atua em silêncio, quem pode vê-la entende sua sutileza e sua forma de agir.

A verdade é, a insignificância de sua história não a torna nada, mas ínfima, perante o roteiro que estava definido suas escolhas não passam de vultos desconhecidos, que um dia se enterrarão junto com seu pó, e se perderá na escuridão. Pensam que sonham alto, mas enquanto acham que estão voando estão caindo do precipício, somos o centro do infinito, e o que fizemos de nós mesmos? O que era para ser vasto coube em um corpo morto, e se contentou com o que tinha a oferecer, não há explicação para tamanha inépcia, fizeram-se incapazes, e não querem mudar, constroem um reino frio e fútil, sem cor e sem vida, e acham que os céus aplaudem esta sina, pobres almas feridas, sonhadoras solitárias, não percebem que nem mesmo o mundo age conforme suas palavras.

Por Luiza Campos