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Conheço-te por nome

Os passos solos não compõem uma bela canção, um instrumento desafinado, sem vida, liberdade ou emoção, uma linha tênue entre desespero e perdição, como saber o caminho que trilha se dança na escuridão? A música soa perfeita quando o Maestro da vida orquestra, uma sinfonia bem feita, ondulada até o oceano alma, bate na terra e banha com a palavra, vai e vem de bens, calma e serenidade, pois compasso regido pelos céus são laços tempestivos, tempestade não se forma em sua valsa, apenas chuva serôdia vem para alimentar a lavoura. E assim como o passado, o presente também se dá pelo Senhor, sem Ele nada seria, nada é e nunca será, se não estiver conosco nada surge, nada nasce, nada cresce e nada vinga, uma plantação de nadas, e no fim herdará o mesmo, que tanto cultiva, tanto quer e tanto vive, uma vida de nadas tão preenchidos pelo vazio que seu peito fica um tanto oco, um tanto quieto, um tanto vil.

Se repetisse os clamores do deserto, talvez o anjo desceria ao teu coração, pois se Ele não estivesse e não agissem, nada de mal entraria em sua imensidão, não haveria tantas lágrimas incontidas, tantos gritos quietos entalados na garganta e nem tantas dores esquecidas, machucadas em carne viva, e ferimentos sem cura, nada estaria fora do lugar e nem mesmo sua tez estaria tão pálida e sem brio, se Ele estivesse e agisse, tudo estaria mais claro, mais calmo, mais certo, pois Ele sabe suas ordens, e tem a semente que brota cor e mansidão, por isso o servo dos céus sabia que sem a presença do Senhor, seus passos seriam falhos, e sem Ele, nada faria. Então, disse-lhe: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui.

Por Luiza Campos