Ao abrir a janela é possível ver as ondas de pessoas que circulam pela cidade, vejo poucos pássaros que restam fugindo dela, tentando encontrar um pouco de natureza. A cada dia, é possível enxergar menos árvores e mais construções. Todo dia, a mesma rotina, vejo as mesmas pessoas e os assuntos são sempre os mesmos. Todos dizem estar bem, mas suas consciências estão sempre distantes, tentando resolver os problemas do mundo. Os carros buzinam, as crianças gritam, os adultos sofrem e os idosos lamentam por não terem realmente conhecido a vida. Passamos por esse caos diariamente, enfrentamos o engano todos os dias. Tentamos libertar as consciências do caos, mas ninguém quer ouvir, apresentamos a calmaria, e todos pegam no sono. Minha maior luta é dentro de mim, os pensamentos jogam sujo, e devo me acalmar para não me perder.
No meio de tanta tristeza, ninguém encontra a paz, ela se tornou uma utopia. Muitos se iludem pensando que estão em paz, contentam-se em estar bem neste mundo ou em ter a família reunida, mas a verdadeira felicidade só é encontrada quando a consciência se desliga deste mundo e se conecta ao espírito. Quando essa mudança ocorre, tudo o que é da carne desaparece, preocupações, ligações, ambições, desejos, tudo é substituído pela calmaria de não carregar nenhuma bagagem. Somente no interior podemos encontrar a paz, pois nela habita o espírito, no exterior, o Homem destruiu a lavoura de Deus e fez de sua função uma abominação, suas ambições tiveram o poder de acabar com as consciências de todos que habitam neste mundo que antes da humanidade foi bom.
Por Luiz Gustavo