De parecer em parecer a certeza se concretizou, e depois de tanto enraivecer as ondas voltam aos seus lugares, brincando no carrossel, sendo afogada pelos mares, ninguém se descobre no outro, mas nos escondemos atrás dos olhares. Será que estou muito exposta? Até quando teremos medo de ser quem somos? É preciso mostrar as fraquezas para saber ser forte, esconder os espinhos não te salva da morte, as pétalas caem de qualquer jeito, os galhos secam, se quebram, mas estes, não se refazem mais, depois de não haver respiro, não há volta, esperará mesmo este dia chegar? Empíricos, dançam o encanto do carrossel, até a roda parar de girar e acomodar a confusão em sua alma, e ela, em si, começar a girar, e girar, e girar, até quando? Até o amanhã, que nunca chega e nunca cessa, presente incômodo, eterniza a dor na mente, confuso, eu sei, mas é assim, ninguém explica, ninguém entende, apenas sentem, e se sentem perdidos, onde começa e quando termina, quem saberá?
Para mudar, o externo não deve ser o foco, para mudar, não pode ser preso ao passado, para mudar, deve deixar as máscaras caírem, para mudar, não pode olhar para trás, para mudar, é preciso deixar de se lamentar, e para mudar, é preciso muita determinação para sair do lugar, cortar as raízes dos pés e deixar-se com a liberdade, nos braços da eternidade viva, enlaçada nas asas celestes, sem aquele sentimento vazio, frio, doloroso e penoso. Neste caminho não há ilusão, porque não é preciso sua força, ele em si já satisfaz a alma e colore o coração, não precisa de mentiras, porque ele é a verdade, não precisa de sorrisos falsos, porque ele já traz a verdadeira felicidade, e por isso e por vários outros motivos não há explicação, do porquê escolher tanta dor e vazio, se há a completude em suas mãos. Assim caminham os dias, cheios de interrogações e muitas respostas soltas, mas se por um acaso a vida se for enquanto a busca, não há mais como agarra-la consigo.
Por Luiza