Palavras que sambam em meias verdades nunca alimentarão a alma, o Senhor já firmou no coração a abundância de suas águas, mas assim como nas escrituras, vemos que buscam em poços vazios, cisternas rotas, em fúteis palavras. A linha e o prumo já foram postos no caminho da vida, só o segue quem abre os olhos para esta sabedoria, reto e vivo és o anjo dos céus, em justiça condena e em justiça absolve, se em vida sofreu a dor do luto, vida terá por toda a eternidade, mas caso não, não terá, esta é a ciência dos céus, tão simples, mas para aqueles que se ligam a morte, cruel. Não há como fugir desta lei, uma verdade incontestável, todos temem o dia que tudo vai se acabar, mas estranho é, por que não buscam mudar? É difícil encontrar-se no prumo dos céus, ser versos nas linhas dos anjos, entretanto, não há para onde se esconder, atrás dos montes está, embaixo dos mares se encontra, em cima dos céus vive, e nos solos obscuros, amanhece, em todo lugar, a qualquer hora, em qualquer tempo, se não estiver na linha e no prumo não haverá lugar para arrependimento. Não sei porque e nem como o mundo se perdeu de tal maneira, mas sei que hoje enxergo a verdade do Criador, preciso ser alma para estar do agrado do meu senhor, para assim fazer habitação para sempre, não deve existir prazer maior do que sentir que foi concluído, mais uma etapa, mais uma fase, uma vitória nas mãos, o céu em festa, vivo, como nunca esteve, sentindo o pulsar eterno, fluindo e correndo por suas entranhas, um estado de êxtase profundo, e uma sensação de leveza, quão bom e agradável, estar na linha e no prumo do que parecia inalcançável.

Por Luiza Campos

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