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O egocentrismo te fez só

Choro silencioso sem mares sem lares, não houve qualquer milagre para que lhe mudasse, como se lhe bastasse, falta de classe, sorriso amarelo na face, mero disfarce para não mostrar seu encalce. Se julgando auto suficiente olhar de soslaio, tímidos dentes, medindo seu ego que ultrapassa o teto. A soberba lhe sorri e ela sorri de volta, não passa à porta de tanto engordar-se do seu próprio valor. Qual as andanças da humildade, onde está sua estrada? O caminho da verdade beira rumo a sua casa, a simplicidade se despediu, mas por tua arrogância não respondeu, fez que não viu. A vida não faz acepção, nos acena o tempo todo, ela quer o coração, transformá-lo num renovo.

Onde estão suas roupas, onde estão seus sapatos? Alma nua cantando em voz rouca, um coração falto. Seus dias contam seus grãos e você contando com a sorte, uma música onde o refrão julga que não terá morte. Morrerás junto aos seus sonhos, findará junto aos teus planos, uma história vira conto, narrativa de enganos. Vem a hora e o fim, sem glória quiçá um jasmim, para combinar com seu terno suas mãos entrelaçadas, eis aí o seu ermo no final da sua estrada. O egocentrismo te fez só e não encontrou tempo para isso reverter agora deitou seu pó e uma eternidade que de nada valerá se arrepender.

Por Patrícia Campos