Aqueceu meu coração com a chegada do solstício, nasceu em meu olhar a luz do Altíssimo, sou a casa das estrelas, sim, abrigo o firmamento, reluz em minha alma e me colore com o tempo. O sol do meu olhar, é a vida, o anjo, a graça dos céus, a chama que me mantém, meu combustível, o começo e o amém. Alimento do mundo, mas todos passam fome, desconhecido, congelou os imundos, são frios, sem luz, mortos-vivos. Olhar opaco não abriga o esplendor da eternidade viva, carrega o peso de uma noite cinza e fria, pois cultiva o amargor dos dias, o sol que brilha não encontra a retina, paira nos campos girassóis, que por muito, murcharam, por isso não entendem a beleza que é viver, longe de tanta mágoa que um dia irá perecer.
O amanhã que nasce ao longe, clama os seus para o conhecer, além do horizonte, conta a história de Deus, o Senhor reveste as íris, a colore em sete cores eternas, quando correm viram luz, que se expandem em suas trevas, por isso é necessário abrir as portas, e deixar que a vida adentre nas celas, pois é a chave das correntes, a saída dos males, a cura dos doentes, a luz que em nós nasceu, luminescência que abriga o que há de mais bonito, como a pureza da alvorada, e a vida do infinito. Não há mais nada que ocasione tamanho esplendor, pois tudo o que vem do solo é opaco, como a fúria e a dor, que quando cultivado por muito tempo fortifica os pecados, apenas Eu Sou traz bonança, que acaricia e escorre na tez da eterna criança, alma tão viva, busque-a e traga-a para a vida, apenas assim brilhará seus olhos, e seu espelho será ornamentado com as mais belas joias, felicidade, harmonia e sabedoria, e assim a luz fez-se parte, parte de mim, parte de ti, parte de nós, e nunca pela metade, mas completa, como deve ser.
Por Luiza Campos
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