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Respeito vazio

Olho toda esta grandiosidade que nos envolve e fico atônita ao ver quão mesquinho o ser humano é. Não se vê gigante pela sabedoria, mas quer se engrandecer pelo seu próprio ego. Espelhos que contam vantagens sem ao menos se conhecerem. Não se reconhecem, não imaginam a importância que têm fora do pó. Não caminham, rastejam farejando migalhas, não conseguem olhar ao céu senão pela chuva que os refrescam neste sol escaldante de seus desertos. A tristeza é grande ao ver que o desrespeito pelo o Autor da vida ficou autografado nos corações, desmereceram Sua existência, e se colocaram como os verdadeiros criadores de deuses, sua criação de estimação, onde realizam seus desejos mais insanos. Onde foi parar o respeito? Por onde será que ele anda? Se perderam dele e ninguém armou uma busca para encontrá-lo.

E o mundo ficou assim, uma terra de ninguém, e as almas terras ficaram aquém. Os dias passam, e as noites chegam, frias, quiçá um vinho para esquentar porque a vida não as esquentam mais. O brilho no olho é por agora, mas logo ele irá embora, vai sair sem deixar rastros e não haverá ninguém neste espaço que irá tê-lo de volta. Uma perda irreparável mas ninguém faz nenhum caso, fica assim de braços cruzados que o logo mais entenderá o meu recado. Depois do fim se encontrará novamente com o respeito, àquele mesmo que não deste valor, que não fizeste questão, só que será um respeito vazio, por não ter dado valia a vida, desprezando-a da forma mais fria, respeitá-la agora não terá mais serventia, porque ela foi embora, sentida, por você não ter dado à ela o que ela merecia, a sua alma a qual agora esta perdida sem o respeito da vida.

Por Patrícia Campos