De consciência para consciência, a empatia resume-se no amor, as mãos que se ajudam na resiliência atravessam a parede da dor, fazendo-a desmoronar, colocando-a abaixo dos pés, onde a união faz a força se alavancar trazendo justiça e liberdade para quem um dia foi ré. A sororidade entre as almas contribuem para a procriação espiritual, a consciência representa a mulher, com seu útero peculiar onde gesta o filho eterno, seria natural a compreensão entre almas, a sensibilidade seria o abraço que confortaria o peso do pó que ainda carregam, porque enquanto estamos neste mundo não há como voar como as borboletas, mas podemos nos sentir e sermos lagartas em metamorfose. A solidariedade traz a proteção mútua, uma cuidando da outra para que nada lhe afete, companheiras de estrada, no caminho da vida. Se acolher faz parte do laço que se unificam, concretizando uma aliança eterna onde serão partes de um mesmo corpo. As diferenças entre as pessoas definem suas características, porém as almas não são diferentes, almas são almas, são puras, são limpas, transparentes e por isto conseguem se unificarem.
Apoiar umas às outras naquilo que é o certo e não apenas apoiar em qualquer situação, porque o que pode trazer risco a alma para que ela não alcance a eternidade com vida, deve-se aconselha-la, isso sim é irmandade e não respeitar o erro alheio porque no fim pode prejudicar aquela que você diz ser sua “irmã”. Cada palavra deve ser analisada e não apenas praticada de forma errada. É preciso sentir de fato a hermenêutica da palavra no coração e corrigir a hermenêutica colocada nas palavras as quais não dão sentido dentro do caminho da vida, porque a boca fala maravilhas, mas as ações trazem tragédias a si e a outrem. Cuidemos de nossas irmãs com amor e não com uma sororidade pregada onde não se importam de deixarem suas irmãs caírem num abismo eterno.
Por Patrícia Campos
Tema sugerido por Jeane