Por insuficiência de sentir-se completo foi à busca de completar-se, mas onde encontrar sua metade já que se é espelho? Se espelha o pouco, o pouco é, e ainda lhe sobra um espaço imenso vazio, mesmo que a luz lhe dê o ar da graça por tão pouco tempo, ainda assim se sente pouco. Talvez não tenha reparado que a luz lhe completa, talvez não tenha dado a ela a devida importância mesmo que enxergue somente o pouco através dela. Mas ela quer lhe oferecer seu todo, e se mostra com simplicidade, não porque é amostrada, mas porque se trata da luz. Ela é o suficiente para a alma, por toda a eternidade é o que a supre por completo.
Através dos olhos mostramos o que sentimos, por ele se reflete o espelho interno, por ele reflete quando estamos felizes ou tristes, se choramos de alegria ou de tristeza, também transparecemos através dos olhos o brilho da vida, como os raios de sol que mostram sua maravilhosa luz. A luz que nos habita é a vida, a qual nos é dada gratuitamente por Deus, através da Sua porção, o espírito santo. Ele é a nossa suficiência, como o ar que respiramos, ele é o nosso respiro eterno, a completude das nossas almas, o sangue que pulsa nosso corpo perpétuo, que deixa nosso coração alma com batimentos contínuos em reticências. Andar com esta luz, a luz da vida, é uma pista de mão dupla onde você se dá e recebe de volta o que é seu, o que se é. Dê tudo de si, porquê de Deus recebemos mais que merecemos, ou tudo o que merecemos quando o acolhemos em nosso coração em paz.
Por Patrícia Campos