A palavra translúcido deriva do latim “translucidus”. Seu significado diz do que deixa passar a luz e a difunde, mas sem permitir distinguir nitidamente os objetos; tem por sinônimo: o que é claro, incontestável, notório, transparente. Uma pessoa translúcida em sentido figurado é aquela que se mostra honesta, transparente, que não esconde nada, que se mostra como realmente é para todos que a rodeiam, sem hipocrisia, falsidade, fingimento, sendo autêntica. Mas, são raras as pessoas que realmente se portam com transparência, pois o ser humano desde cedo já se mostra hipócrita, agindo com falsidade no intuito de obter para si favorecimentos, esquecendo-se que o “caráter precede a performance”, mostrando que a existência carnal é sua dominante.

Tal consciência, prefere erguer muros, vestir máscaras, forjar suas armas, manter segredos, ao invés de abrir-se, desnudar-se, deixar que o nó da garganta caia em gotas salinas, até que a leveza do ser se mostre. Ao observarmos um copo transparente sob a luz, vemos que ela o ilumina por completo, mostrando seu interior e exterior. Ao nos depararmos com o propósito de Deus, eis que surge a necessidade da transformação de nossas consciências, sermos em nosso interior limpos de quaisquer impureza carnal para que a face de Cristo seja vista em nosso exterior, em nosso viver, pois não há dualidade no propósito de Deus! Não há como escondermos nossa face do Senhor através das folhas ou através do julgamento e condenação das ações alheias, a fim de que as nossas não sejam vistas ou notadas. Se diz que “ai de vós hipócritas, que são semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de toda imundície”, assim como diz o ditado popular “por fora bela viola, mas por dentro pão bolorento”. Há uma canção que diz “que a beleza de Cristo se veja em mim”, mas para tanto é necessário que eu enquanto consciência seja honesta comigo mesma, transparente diante de Deus e dos Homens, para que do meu interior fluam rios de vida.

Por Lo Xavier

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