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Viver com a natureza

Eu aprendi amar a chuva, sentir prazer nos barulhos dos trovões, a me impressionar com as luzes dos raios e sentir a água molhando a minha pele. Eu aprendi admirar as flores, sentir o aroma dos seus perfumes exalando por minhas narinas, colorindo os meus olhos, brilhando minha retina. Eu gosto de sentir o barro, pois dele o meu corpo carnal foi criado, gosto de sentir o cheiro do mato de onde se extrai o ar puro, gosto de conviver com os bichos, pois são os meus parceiros de vida neste mundo e somos todos cadeias alimentares, fazemos parte de um ciclo e um sistema montado por nosso Criador. Mas o que mais me dá prazer nisso tudo é saber que estou dentro de um propósito sábio, saber que esta vida carnal é efêmera, mas que está dentro de um sistema de procriação espiritual. Trata-se de uma outra dimensão, tudo aqui neste universo material foi criado para servir de estrutura para o propósito do Criador-Deus. Estamos dentro de um sistema onde o resultado final seria as consciências que produzimos como criação no espírito no reino dos céus.

E por que seria? Porque as consciências não dão sequência a este propósito de Deus, elas se prendem a este corpo carnal que morre e vão com a carne até o caixão, sendo que a consciência deveria passar por uma metamorfose existencial interna dentro dela, ou seja, a consciência deveria compreender que estamos dentro de um propósito e que a sequência da vida está no espírito e no reino de Deus, mas vejo que as consciências se encantaram com este corpo carnal que morre e vão se lançar no vazio eterno sem volta e sem perdão, perdendo assim a vida eterna do espírito, pois não passaram pela metamorfose existencial interna para darem continuidade ao propósito de existir, seguindo o rumo tranquilo da vida, o caminho traçado por Deus. Seria tudo tão lindo, como o beija-flor que tira o néctar das flores para o seu sustento, o espírito, que já nos dá a vida, seria o anjo de Deus que desceu dos céus para se alimentar do néctar das nossas consciências. A alma pura, livre de todas as coisas deste mundo, desligadas de qualquer sentimento carnal, puríssima para que o espírito de Deus possa desejá-la, sem o menor vestígio carnal para que ela possa transpor de planos. Tente imaginar a vida que a consciência terá no plano do céu pelo espírito e sinta a brisa tocar sua face, imagine deixando este mundo totalmente para trás e adentrando o habitat do céu pelo espírito, tirando as sandálias e pisando em terra santa, unindo-se a todas as consciências castas e fortes, puras e guerreiras que atravessaram esse plano, o vale da morte, passaram pela ponte da vida, observaram todos os detalhes, todas as maravilhas criadas pelas mãos de Deus, desfrutaram dos bens e frutos dessa terra, fez parte dessa linda natureza, mas transformou-se e seguiu a vida, sua natureza eterna e verdadeira. Quão bom e suave é sentir as mãos de Deus e estar em harmonia com Seu propósito.

Somando nossas luzes

Por Zeca e Michele